Mudando de Assunto...
Logo, logo, um post sobre o season finale de Lost!
Quando vimos os dois primeiros filmes de o Homem Aranha, presenciamos a vida simples e humilde do jovem Peter Parker. Vimos como encarava o seu duplo dia-a-dia, como conciliava as obrigações de estudante, sobrinho, herói e de um homem apaixonado; e isso tudo sempre foi bem desenvolvido nos primeiros filmes. Enfim, o Homem Aranha nunca foi somente um exemplar dos filmes de super heróis e de ação, mas também de um drama pessoal, mas sob um contexto anormal.
No primeiro filme, soubemos como Peter Parker descobriu seus poderes; no segundo, como ele sofreu o isolamento social por conta da má administração de seus deveres e dos encargos que seus poderes lhe atribuem; já neste terceiro filme, olhamos um novo Peter Parker, que sabe de seus poderes e tem a consciência de que é superior aos outros, um Homem Aranha que é queridinho por Nova York. Vemos o ego inflado alterando a dignidade do personagem e levando-o, consequentemente, ao arrependimento, comum a pessoas que são auto-exigentes.
esenvolvendo ... e mais outras. O triângulo amoroso se transforma num quatrilho, que se transforma num “pentágono amoroso” (Desculpe a falta de uma expressão adequada). Mais um novo vilão aparece, e assim vai. Tudo isso acontece em meio a dezenas de reviravoltas e subtramas. Muita coisa para um filme só e o público cai na "teia" de o Homem Aranha 3, a caótica narrativa.
Contudo, as cenas de ação são espetaculares (e elas não faltam, tem demais!), os efeitos são incríveis e com um trabalho de acabamento excelente, melhor que os anteriores. O longa possui grandes e divertidos momentos da estória do Homem Aranha, que agradarão aos fãs e a maioria também. O fato de terem incluido a farda escura do HA, soou quase como uma metáfora ao ego alimentado e ao desejo de vingança cultivado por Parker quando descobre que o assassino do seu Tio ainda esta vivo. Uma coisa é certa, não faltam momentos interesantíssimos no filme (o filme não falha nos seus elementos, mas na disposição deles), como a cena do surgimento do Homem-Areia (Fenomenal! Em ambos os sentidos) e o Peter Parker 'bad-boy', que ficou simplesmente hilário; e vale ressaltar o carisma e versatilidade de Tobey Maguire. E como ele também é bom na comédia!
Quanto ao vilão Venon, ele é demais! Ainda mais pra quem era fã do desenho.
Bom! O Homem Aranha 3 poderia ser mais, senão comprometesse o desenvolvimento das personagens em prol de um filme cheio de vilões e reviravoltas. Muitos que assistirem vão sentir falta de ver o cotidiano do Peter Parker. Eu senti. E confesso que acredito que só há uma resposta para o roteiro ter saído assim. Os produtores, a princípio tiveram a idéia de fazer dois filmes (como Piratas do Caribe) e acabaram se vendo obrigados a reduzir a estória (ou melhor, imprensar) para apenas um filme. Um exemplar dos blockbusters de ação e comédia, mas quanto ao drama, deixou a desejar. E como essa sempre foi uma das propostas da série, o filme acaba sendo inferior aos primeiros.
O mais bonito mesmo deste episódio foi o novo aspecto trabalhado na vida do roqueiro Charlie, enquanto este aguardava a morte. Autor do famoso e fictício single "You all everybody" tocado pela sua banda Drive Shaft, Charlie parece ter a importância de sua vida resumida a esse single. Um personagem que passou toda a sua jornada tentando alcançar uma estima e uma função relevante socialmente, tanto na sua vida antes de náufrago, quanto na própria ilha, onde o personagem foi diversas vezes regeitado pela trama e pelos personagens, o que parece ser um reflexo da dificuldade dos roteiristas que sempre se esforçavam para encaixar o roqueiro nos eventos. Menosprezado e vítima da desconfiança por ser um ex-drogado, Charlie passou por momentos de humilhação, sempre denotando uma baixa auto-estima e a luta pela conquista desta. Tanto que foi recorrente as cenas em que personagens descartam o roqueiro quando não precisavam mais de sua ajuda, enquanto este tentava se mostrar útil. O menosprezo pelo personagem foi também por boa parte do público, que não acreditavam na sua função na estória. Mas Lost não se trata só de mistérios e conexões, mas também de vidas. Charlie é uma delas.-----------------------------------------------------------------
estória singela e de uma jornada intimista, de um personagem que tenta lidar com a falta de auto-estima e com a sua "pequena patética vida" (frase recorrente na série, dita por personagens com os mesmos dilemas). Na melancolia e solidão diante da morte e do sacrifício, Charlie tem os supostos últimos momentos de vida marcados por lembranças simples, como a de seu primeiro mergulho em uma piscina com a ajuda de seu pai, em contraste aos grandes feitos do personagem, que ele nem mesmo percebe, mas que o tornam grande; o auto-sacrifício em prol do próximo, em prol de quem se ama.-----------------------------------------------------------------------------------
dele e de Hurley são memoráveis e dão o gostinho do que a série ainda pode ser, do que aqueles personagens ainda podem passar. Uma coisa é certa, quem assistir a esse episódio, terá medo da morte do roqueiro, por apenas entender a simplisidade do personagem. Eu, pelo ao menos, temo pelo personagem agora, mais que antes. ---------------------------------------
Quando o cinema brasileiro nos anos 90 deu aquela avançada básica, todos ficaram empolgados. E era realmente pra tanto, pois filmes como Central do Brasil e O Que É Isso Companheiro lançaram trazendo novo fôlego ao nosso cinema. Já hoje! Não sei não. Dizem que estamos no mesmo processo, mas a decepção ainda é constante. Pesquisas mostra que o número de produções está diminuindo e dá pra contar nos dedos o número de Longas bons que o Brasil tem produzido. O tão comentado Ó Pai Ó, ou Ó Paí Ó é o exemplar das besteiras que tem sido feitas ultimamente. Neste post vou me dedicar a mostrar minhas impressões em relação a Ó Pai, Ó.
O filme mostra o primeiro dia de carnaval dos habitantes de um cortiço, localizado no bairro da Barroquinha, logo abaixo do Pelourinho. Todo o conjunto de situações (Atenção! Digo, “situações” e não “trama”). Todo o conjunto de situações tem início quando impiedosa dona do pobre prédio fechara o registro de água para acabar com a festa de todos.
, Wagner Moura (Que mostra sua pior performance, isso porque admiro muito o ator, mas sua interpretação estereotipada não convence nem os mais lentos) sendo desperdiçados em situações engraçadinhas e em musicais inúteis. De onde o filme começa, ele se encerra. Sem uma evolução das personagens. Sem uma trama que se desenrole. O filme se trata apenas de confusões umas atrás das outras com o único intuito de fazer rir. Sapatões, travestis, gays, prostitutas, cornos, todos usados no filme da forma mais pejorativa e desrespeitosa possível como formula de escandalizar as confusões do filme. Sem contar, que retrata esses personagens como se fossem a marca da periferia nordestina. Engraçado?! Não deixa de ser, mas se é legal, é outra história.
Tentando criar uma imagem mais vendável ainda da Bahia para o mundo todo através da bahianidade (e isso fica sempre claro, principalmente quando o filme tenta trazer conotações otimistas e divertidas para uma realidade infeliz), “Ó, Pai Ó” se propõe somente a isso, retratando um ambiente que todo gringo e brasileiro gosta de ver, e talvez por isso agrade uma maioria. Uma coisa é certa, mesmo que artisticamente falho, o filme vai ser divertido para a maioria dos nordestinos. Algumas identificações serão inevitáveis, do axé aos cabarés.

Contrapondo a grandiosa e a belíssima estética visual, a narrativa do filme já não tem tanto êxito, pior, não consegue prender o ânimo do público continuamente. A construção da narrativa é pobre e simples, deixando a desejar pela falta de conflitos e de uma elaboração mais detalhada e que pudesse desenvolver mais os personagens. Para piorar, sempre que a narrativa muda para a história da rainha, mulher de Leônidas, enquanto este está na guerra, o ritmo cai muito, pelo contraste grande entre as cenas de ação da guerra e os momentos fracos e desinteressantes da Rainha, com exceção da última cena desta.
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