Quando o cinema brasileiro nos anos 90 deu aquela avançada básica, todos ficaram empolgados. E era realmente pra tanto, pois filmes como Central do Brasil e O Que É Isso Companheiro lançaram trazendo novo fôlego ao nosso cinema. Já hoje! Não sei não. Dizem que estamos no mesmo processo, mas a decepção ainda é constante. Pesquisas mostra que o número de produções está diminuindo e dá pra contar nos dedos o número de Longas bons que o Brasil tem produzido. O tão comentado Ó Pai Ó, ou Ó Paí Ó é o exemplar das besteiras que tem sido feitas ultimamente. Neste post vou me dedicar a mostrar minhas impressões em relação a Ó Pai, Ó.
O nome do filme que se trata uma expressão comumente usada na Bahia, significa o que diríamos aqui na seguinte forma: “Olha praí, olha!”, algo que não significa nada durante o filme, apenas é a transposição de um vívio dos personagens baianos para o título do longa.
O nome do filme que se trata uma expressão comumente usada na Bahia, significa o que diríamos aqui na seguinte forma: “Olha praí, olha!”, algo que não significa nada durante o filme, apenas é a transposição de um vívio dos personagens baianos para o título do longa.
Engraçado?! Divertido?! Legal?! Divertir, ele pode até divertir, mas somente aqueles que estão em busca de algo realmente descomprometido e que não possui estória nenhuma. A sensação de se assistir “Ó, Pai Ó!”, é a de está presenciando o cotidiano de algumas pessoas, mas quando digo cotidiano, falo do sentido pleno da palavra. Eu até poderia contar uma sinopse antes de analisar o filme, como sempre faço, mas não posso fazer isso simplesmente porque o filme não possui. Bom! Mas vou tentar.
O filme mostra o primeiro dia de carnaval dos habitantes de um cortiço, localizado no bairro da Barroquinha, logo abaixo do Pelourinho. Todo o conjunto de situações (Atenção! Digo, “situações” e não “trama”). Todo o conjunto de situações tem início quando impiedosa dona do pobre prédio fechara o registro de água para acabar com a festa de todos.
Após isso, apenas vemos atores como Lázaro Ramos, Dirá Paes, Stênio Garcia, Wagner Moura (Que mostra sua pior performance, isso porque admiro muito o ator, mas sua interpretação estereotipada não convence nem os mais lentos) sendo desperdiçados em situações engraçadinhas e em musicais inúteis. De onde o filme começa, ele se encerra. Sem uma evolução das personagens. Sem uma trama que se desenrole. O filme se trata apenas de confusões umas atrás das outras com o único intuito de fazer rir. Sapatões, travestis, gays, prostitutas, cornos, todos usados no filme da forma mais pejorativa e desrespeitosa possível como formula de escandalizar as confusões do filme. Sem contar, que retrata esses personagens como se fossem a marca da periferia nordestina. Engraçado?! Não deixa de ser, mas se é legal, é outra história.
Contudo, como excelente ator que Lázaro Ramos é, o filme vale por uma cena em especial que este faz, no qual o seu personagem, Rock, discursa com toda a indignação contra argumentos racistas que ele escuta de outro personagem. Fica claro que o ator se inspirou em toda a raiva contida (ou não) em situações que ele deve ter sofrido durante a vida e na própria carreira. A cena é um espetáculo.
O filme mostra o primeiro dia de carnaval dos habitantes de um cortiço, localizado no bairro da Barroquinha, logo abaixo do Pelourinho. Todo o conjunto de situações (Atenção! Digo, “situações” e não “trama”). Todo o conjunto de situações tem início quando impiedosa dona do pobre prédio fechara o registro de água para acabar com a festa de todos.
Após isso, apenas vemos atores como Lázaro Ramos, Dirá Paes, Stênio Garcia, Wagner Moura (Que mostra sua pior performance, isso porque admiro muito o ator, mas sua interpretação estereotipada não convence nem os mais lentos) sendo desperdiçados em situações engraçadinhas e em musicais inúteis. De onde o filme começa, ele se encerra. Sem uma evolução das personagens. Sem uma trama que se desenrole. O filme se trata apenas de confusões umas atrás das outras com o único intuito de fazer rir. Sapatões, travestis, gays, prostitutas, cornos, todos usados no filme da forma mais pejorativa e desrespeitosa possível como formula de escandalizar as confusões do filme. Sem contar, que retrata esses personagens como se fossem a marca da periferia nordestina. Engraçado?! Não deixa de ser, mas se é legal, é outra história.
Contudo, como excelente ator que Lázaro Ramos é, o filme vale por uma cena em especial que este faz, no qual o seu personagem, Rock, discursa com toda a indignação contra argumentos racistas que ele escuta de outro personagem. Fica claro que o ator se inspirou em toda a raiva contida (ou não) em situações que ele deve ter sofrido durante a vida e na própria carreira. A cena é um espetáculo.
Tentando criar uma imagem mais vendável ainda da Bahia para o mundo todo através da bahianidade (e isso fica sempre claro, principalmente quando o filme tenta trazer conotações otimistas e divertidas para uma realidade infeliz), “Ó, Pai Ó” se propõe somente a isso, retratando um ambiente que todo gringo e brasileiro gosta de ver, e talvez por isso agrade uma maioria. Uma coisa é certa, mesmo que artisticamente falho, o filme vai ser divertido para a maioria dos nordestinos. Algumas identificações serão inevitáveis, do axé aos cabarés.
Nenhum comentário:
Postar um comentário