sábado, novembro 17, 2007

Homenagem a 'Lost': Primeiríssima Cena da Série

Aumentem o som do computador, maximezem a tela do 'YouTube' e assitam aos 9 minutos e 59 segundos da primeiríssima cena da série Lost, que se consagrou na sua primeira exibição. Essa é uma homenagem que faço a série que sou declaradamente fã.

Para os que nunca assistiram, é uma boa oportunidade de conhecer a obra. Para os que já conhecem, não preciso falar, eles já sabem o quanto vale a pena assitir mais uma vez.

O mais incrível dessa cena é que ela mostra como 'Lost' é uma idéia sólida. Da concepção sonora aos personagens, essa primeira cena deixa claro na excelência de seus elementos, pra que que a série veio.

É carregar e assistir!


sexta-feira, novembro 16, 2007

Estação Cinema

Desde a última semana, faço parte do programa Estação Cinema na Rádio Universidade FM. Não preciso nem dizer que se trata de uma experiência interessante poder unir o que estou aprendendo sobre rádio com o gosto (amor mesmo) que tenho pelo cinema.

Convido-os a escutar o programa, toda quinta-feira às 17h50, com reprise nas sextas-feiras às 9hs, e inédito também nos sábados às 9hs, reprisando às 18hs.

Para escutar a Rádio Universidade Fm - 106,9, via internet, basta acessar o link:

www.universidadefm.ufma.br

Os Estúdios Vendem ou Não Vendem?


Descobrir uma forma de controlar mídias como a internet e o celular ainda é uma tarefa árdua. Vídeos, audios e produtos culturais em geral são partilhados e agora verdadeiramente democartizados através da internet. É uma grande confusão onde não se sabe mais a quem uma obra ou propriedade intelectual pertence e de que forma o dono vai ganhar em cima dela.

No meio de toda essa confusão, os roteiristas de Hollywood resolveram entrar em greve defendendo o seus direitos em cima do que produzem, ou seja, recebendo a parte que lhes é de direito pela comercialização de seus produtos na internet. A questão reside no fato de que os Estúdios de maneira nenhuma afirmam que ganham ou lucram ao diponibilizar séries, filmes e músicas para downloas.

Séries de Tv, hoje, são vendidas pelos sites das empresas que a produzem e quando não, são exibidas ao lado de propagandas que foram pagas para estarem lá. Na mesquinharia dos Estúdios, isso não é lucrar e muito menos deve ser compartilhado com os profissionais que idealizam o produto e são a base da indústria. É como dizer que a Tv Aberta não ganha pela transmissão gratuita de sua programação.

Na minha opinião, os Estúdios se fingem de prejudicados enquanto desenvolvem e descobrem formas mais lucrativas de comercialização dentro desse novo sistema de mídia, e omitir a perspectiva de sucesso e os experimento por eles feitos, é uma boa estratégia para sair lucrando enquanto todos pensamos que estão desolados. A verdade é que uma grande discussão deve ser aberta, e já está sendo. Definir o que é vendido e comercializado na internet é fundamental. Já é de conhecimento que a internet, a princípio uma grande inimiga, se revela agora uma aliada na venda desses produtos culturais. E hoje, vender DVD's, CD's ou Bilhetes de Cinema já não é o investimento ideal, quando uma mudança inexorável nos meios de comunicação exigi uma nova forma de comercialização desses produtos, algo que ainda se encontra na escura sombra criada pela momentânea democracia da internet. Os Estúdios que se preparem, ano que vem será a vez dos diretores e atores.

The Bubble

É interessante como entre os últimos grande filmes do gênero "romance", estão aqueles protagonizados por casais homossexuais. Ainda não entendi bem o que isso quer dizer dentro da arte cinematográfica, mas a sutileza com que os diretores trabalham essas estórias, além de diminuir o preconceito e naturalizar a relação entre pessoas do mesmo sexo, empolga e abre um leque de possibilidade a serem trabalhadas dentro desse gênero que já estava sendo esquecido.

The Bubble, no entanto, não se resume apenas a contar a estória de um casal homossexual, como em O Segredo de Brookback Mountain, mas leva a situação, já complexa pelo atual contexto de preconceito, a um nível mais intenso e polêmico. Ao contar a desventura de dois homens, um palestino e um israelense (inimigos por natureza histórica) que desenvolvem um romance em meio aos conflitos entre as duas nações - The Bubble vai além da polêmica pauta da diversidade sexual em meio a sociedade ainda hipócrita, e casa da melhor forma possível, dentro de uma estética limitada (algo que vou explicar mais a frente), essa temática com a questão do ódio entre dois povos.

Três jovens dividem um apartamento na cidade de Tel Aviv, em Israel. O balconista Noam, o gerente de café Yali e a vendedora Lulu, a única hétero do trio. A rotina dos personagens é abalada quando o palestino Ashraf chega a casa de Noam e inicia um namoro com este. O casal, com o tempo, sofre as consequências das questões políticas que envolvem as origens de cada um.

The Bubble tem início mostrando as tensões existentes entre os dois povos no cenário, talvez, mais representativo, que é a fronteira entre os dois países. Enquanto uma mulher palestina grávida entra em trabalho de parto e é encarada friamente pelos militares israelenses, Noam e Ashraf tem seu primeiro contato. Mesmo que a primeira cena tente marcar de imediato as dificuldades que os personagens irão enfrentar, logo esquecemos-as quando a direção do filme toma rumos inesperados ao tentar naturalizar e conferir um ar pop e universal à vida israelense. Com isso vemos o dia-a-dia de Noam, Yali e Lulu como se estes morassem em uma metrópole qualquer da América ou Europa, em que reality-shows como American Idol (no caso, Israel Idol) são as maiores audiências da TV Aberta; e raves, boites e bares são a diversão dos jovens israelenses.


A princípio, essa decisão do diretor Eytan Fox nos parece uma simples banalização das temáticas polêmicas as quais o filme aborda, em prol de uma "realidade" que fosse mais atrativa ao grande público. Ora, mas quem disse que a vida do jovem israelense é diferente daquela do jovem ocidental? Mesmo que os telejornais e agências de notícias nos mostrem um-quarto da vida em Israel e no Oriente Médio em geral, não é difícil percebermos que a vida por lá não é muito diferente dessa daquí, principalmente quando levamos em conta a globalização cultural.


O filme, em um primeiro momento, dedica-se a levar o telespectador a se identificar com a vida israelense a partir de tramas pequenas e até certo ponto "bobas", como a dificuldade de Lulu em encontra um homem que não queira apenas sexo, mas um relacionamento sério, uma subtrama que nada tem a ver com a temática do filme. The Bubble, porém, cresce consideravelmente quando parte das questões afetivas dos personagens e encontra o âmbito político ao qual o romance dos protagonistas toma seu curso dramático.


Trabalhando os problemas no romance dos personagens como uma versão micro da histórica guerra entre palestinos e israelenses, o longa nos apresenta à belíssimas cenas na última meia hora de filme, que trabalham a temática do homossexualismo e dos conflitos regionais. Como exemplo, a cena em que a irmã de Ashraf chora de vergonha em seu casamento quando lembra que o irmão é homossexual, algo completamente inaceitável na cultura palestina.


Contando com um ótimo elenco, uma trilha sonora lindíssima e desfeixo impressionantemente chocante, The Bubble nos obriga a levar o filme pra casa, apurando uma angustia, que só permanece no telespectador pelo grande truque do filme, que é mostrar o lado mais identificável da vida em Israel, tornando todas aquelas vítimas de atentados terroristas e homens bombas em muito mais do que estatísticas frias que vemos nos noticiáris todos os dias, mas em pessoas com alma, paixão, sonhos e inteligência - gente como a gente. A estética aparentemente pobre, pop e inapropriada para o tema possibilita, na verdade, que nos coloquemos no lugar daquelas pessoas que na maioria das vezes torcemos o nariz e olhamos com indiferenças, simplesmente porque os meios de comunicação são incapazes de nos mostrar quem são, que cultura é aquela e a humanidade dessas pessoas que morrem diariamente, vítimas do terrorismo. The Bubble apenas falha ao investir em alguns clichês baratos, como se tivesse que seguir a estética utilizada ao pé da letra; e também falha, ao não explorar o lado da Palestina da mesma forma que faz com Israel, o que revela uma certa tendenciosidade, algo até esperado de um país que não tem relação pacífica nenhuma com o outro.


The Bubble é a prova de que não importa a inteligência da estética utilizada; se é um filme que trabalha os aspectos psicológicos e sociais dos personagens de forma profunda, ou um filme light que diverte e aborda superficialmente uma temática. O que importa é o objetivo e qual é a melhor forma de alcançá-lo; e nesse caso, levar o público a se identificar com os personagens e a estória a partir de um filme leve e mais universalizado, foi o maior trunfo para que o objetivo de sensibilização do público às pessoas daquelas culturas fosse concluído. E saímos do cinema nos indagando: "Poderia ter sido com um amigo! Poderia ser aqui!"

terça-feira, novembro 06, 2007

Meu Primeiro Vídeo: "Infinito"

Abaixo, vocês poderão assitir ao meu primeiro vídeo. Trata-se de um "curtinha" experimental resultante do trabalho de uma cadeira do curso de comunicação. Dirigido por mim (Rafael Carvalhêdo), Agenor Barbosa e Pedro Canto, o vídeo mostra a fuga de uma garota pelos corredores de uma universidade deserta, enquanto ela é perseguida por algo.

Classificaria o vídeo como "tosco" ou "trash", não fosse tão trabalhoso e aprendesse tanto com a produção dele. Enfim, foi uma boa forma de experimentar a linguagem do cinema.

Quem puder, por favor, comente o vídeo: se a idéia estava clara, a impressão que ele passou e o que não funcionou. O comentário será um importante feedback para que nós avaliemos os erros e acertos no desenvolvimento da idéia do filme.