Festival de cinema, pra mim, é igual a festa. E neste último Guarnicê não foi diferente. Mas como estive mais ocupado, não fui todos os dias e não assisti metade dos filmes que concorreram aos prêmios do festival. Mesmo assim, consegui assisti a alguns bons longas-metragens como Os Desafinados e AVia Láctea.
Em relação aos curtas, pude observar algo interessante. Prefiro um bom filme a uma animação, no entanto, nos festivais sempre sou completamente fisgado por alguma animação. Ano passado terminei o evento encantado com o curta cearence Vida Maria, já neste ano, foi o paulistano Pajerama que me fascinou. O anime narra a estória de um índio que passa por uma torrente de situações inexplicáveis; metais, concretos e sinais da vida moderna surgem misteriosamente na virgem selva brasileira.
Panjerama trata de fatos misteriosos e apavorantes aos olhos do jovem índio. A produção, com o intuito de ressaltar o impacto e estranhamento das situações, utiliza uma trilha típica de suspenses baseada quase que completamente em ruídos, sem abdicar da temática indígena. O resultado é excelente. A forte trilha completa tão bem a idéia do roteiro, que os sinais de nossa modernidade e civilização no meio do universo particular dos índios de um Brasil do século XV lembram facilmente as típicas cenas cinematográficas no qual um homem mantém, pela primeira vez, contato com um ser ou tecnologia extraterrestre. E o melhor, claro, é o caráter hiperbólico do roteiro, que busca no exageiro simbólico da invasão da civilização européia à civilização indígena brasileira, uma forma de exaltar o impacto causado na cultura indígena e no próprio índio da época, quando estes viram seu espaço invadido e destruído.
2 comentários:
concordo com você!
Interessante seu post!
Até mais amigo!
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