sexta-feira, novembro 16, 2007

Os Estúdios Vendem ou Não Vendem?


Descobrir uma forma de controlar mídias como a internet e o celular ainda é uma tarefa árdua. Vídeos, audios e produtos culturais em geral são partilhados e agora verdadeiramente democartizados através da internet. É uma grande confusão onde não se sabe mais a quem uma obra ou propriedade intelectual pertence e de que forma o dono vai ganhar em cima dela.

No meio de toda essa confusão, os roteiristas de Hollywood resolveram entrar em greve defendendo o seus direitos em cima do que produzem, ou seja, recebendo a parte que lhes é de direito pela comercialização de seus produtos na internet. A questão reside no fato de que os Estúdios de maneira nenhuma afirmam que ganham ou lucram ao diponibilizar séries, filmes e músicas para downloas.

Séries de Tv, hoje, são vendidas pelos sites das empresas que a produzem e quando não, são exibidas ao lado de propagandas que foram pagas para estarem lá. Na mesquinharia dos Estúdios, isso não é lucrar e muito menos deve ser compartilhado com os profissionais que idealizam o produto e são a base da indústria. É como dizer que a Tv Aberta não ganha pela transmissão gratuita de sua programação.

Na minha opinião, os Estúdios se fingem de prejudicados enquanto desenvolvem e descobrem formas mais lucrativas de comercialização dentro desse novo sistema de mídia, e omitir a perspectiva de sucesso e os experimento por eles feitos, é uma boa estratégia para sair lucrando enquanto todos pensamos que estão desolados. A verdade é que uma grande discussão deve ser aberta, e já está sendo. Definir o que é vendido e comercializado na internet é fundamental. Já é de conhecimento que a internet, a princípio uma grande inimiga, se revela agora uma aliada na venda desses produtos culturais. E hoje, vender DVD's, CD's ou Bilhetes de Cinema já não é o investimento ideal, quando uma mudança inexorável nos meios de comunicação exigi uma nova forma de comercialização desses produtos, algo que ainda se encontra na escura sombra criada pela momentânea democracia da internet. Os Estúdios que se preparem, ano que vem será a vez dos diretores e atores.

3 comentários:

Luana! disse...

Quem mais deve se revoltar c essa comercialização são os defensores da sacralização da arte. Adorno deve estar se remoendo no tumulo presenciando do além me vendo baixar Cake para Polyana!
*^.^*

Anônimo disse...

Mas o sonho de todo artista, produtor ou sei lá o quê não é atingir as massas?
ultrapassar fronteiras?
Realmente, o lance da propriedade intelectual é algo a ser discutido.
Não gosto da idéia de pagar por algo que adquiro pela internet, porque sou um consumidor liso, mas dentro da relação capitalista é necessário.
Mas deveríamos ter acesso a parte dos produtos e depois comprá-los. (no caso de livros, filmes e cd's)
Como no caso das rádios ao promoverem a música de trabalho de fulano de tal. Como uma amostra grátis. Se me interessar eu compro.

Rafael Carvalhêdo disse...

A publicidade vai ser o futuro! Produtos, bens culturais e intelectuais serão vendidos assim...