Não costumo postar sobre política no meu cantinho de cinema, mas esse blog acaba por refletir a realidade e o que se passa em minha mente. Impossível sair ileso das eleições, e o principal órgão lesado é o cérebro. A cada canção de campanha divulgada em carros de som, um agrupamento muito importante de neurônios são dizimados de nossas cabeças.
Mas estamos no segundo turno para a presidência do país, a propaganda é branda e repleta de melancolia. Dois lados, duas campanhas. De um lado, Dilmão, mulher de culhões, a quem boto fé, ao contrário de boa parte dos brasileiros que, de tantas eleições consecutivas, perderam parte da memória e lembram apenas do passado imediato de oito anos atrás. Antes disso, aparentemente nada mais. Do outro lado, Serrinha, homem de voz mansa, circunspecto, mas contraditoriamente um poço de rispidez e impaciência. Ele só fala de saúde, Lula e faz uma campanha que não tem muito a ver com os ideais de seu partido. Claro! Em tempos de crise econômica, revelar tendências neoliberais é cometer suicídio eleitoral partidário.
Mas foquemos mais ainda em Serra. Sua já famosa declaração mais que reveladora (da sua visão de mundo) feita no debate dos candidatos a presidente do segundo turno, na Band, mostra o quanto ele seria um bom presidente (dos ricos). Na dita declaração, Serra afirma que, enquanto Ministro do Planejamento, sua grande contribuição foi aumentar o crédito dos materiais de construção para que a população pudesse "construir seus puxadinhos", essa foi sua defesa contra a acusação de que era contra o programa Minha Casa, Minha Vida. É, isso é que é uma visão elitista e preconceituosa do mundo. Para o pobre, basta um puxadinho, apenas isso.
Um comentário:
Rafael o seu blog é interessante. Belíssimo.estou aqui lhe convidando a visitar o meu, e se possivel seguirmos juntos por eles.estou grato esperando vc, lá
http://josemariacostaescreveu.blogspot.com
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