sexta-feira, junho 22, 2007

Festival Guarnicê de Cinema - 6º Dia

O 6º e último dia de exibição dos filmes competidores do festival foi o melhor. Nem um dos filmes exibidos que pude assitir deixaram a desejar, mas claro, digo isso dentro daquilo que consegui ver, já que não estive presente o dia inteiro no festival. Assisti a 6 filmes e 1 longa metragem, e só cheguei tarde mesmo porque estava fazendo figuração do novo curta de Francisco Colombo, ao qual ele havia me convidado para olhar a fase de produção do filme. Foi bem interessante, e no pouco tempo que participei, deu pra ter uma noção do que é um set de filmagem. Já o mais lamentável do último dia, foi a não exibição do filme "Ódio" de Breno Ferreira, que fora tão falado.

Quanto aos filmes que assisti, segue a lista abaixo:

Cão Sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca (longa-metragem)
-Quando comecei a assistir já haviam se passado 15 minutos, mas tudo que vi a seguir foi até claro pra mim. Depois, ao discutir com amigos sobre o longa, vi que minha visão estava completamente distorcida. O foco do confilto das personagens era outro, e não fui nem capaz de perceber uma série de coisas, que caso eu tivesse assistido os 15 minutos iniciais, teria compreendido. Pegar filmes do meio? Nunca mais!

Piruetas, de Haroldo Borges
-Esse foi o filme que mais me agradou no festival inteiro, ao lado do curta de animação "Vida Maria". Narrando a estória de um garoto e seu avô que têm suas vidas transformadas com a chegada de um circo e consequentemente de uma paixão para o segundo, "Piruetas" nos dá a possibilidade de desvendar as intenções e o subtexto tão elaborado das personagens, sem que necessitemos de falas óbvias e lugares-comuns, tudo através de cenas muito bem dirigidas e atuações excelentes, principalmente por parte do ator-mirim, que dá um show de carisma. O avô do garoto, apaixonado e rejuvenescido pela malabarista do circo, entristece ao saber que o picadeiro vai embora, restando ao curioso e engenhoso garoto ajudar o avô. Poucas falas e nenhum melodrama, é nos olhares e em cenas poucos incinuosas que desvendamos aqueles personagens, sem que o público sofra da tão comum subestimação por parte do diretor e cia. Simples, porém inteligente, possui a melhor direção dos filmes que pude assistir no festival.


Outros Filmes

-Identidade em Trânsito, de Daniele Ellery e Márcio Câmara
-Eisenstein, de Leonardo Lacca, Raul Luna e Tião
-Primeiro movimento, de Érica Valle
-O Evangélho Segundo Seu João, de Eduardo Souza Lima, João Moraes e Leornado Gomes


Considerações Quanto ao Festival

Não podia dizer outra coisa senão "excelente". Ouvi vários profissionais passarem pelo festival dizendo considerar um dos mais importantes do país. Eu acredito. Não participei de outros anteriores, por isso não posso fazer comparações, mas por si só julgo que me acrescentou e muito. Que venha o próximo!

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