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O mais interessante é que essas propagandas enganosas parecem ter sido disseminadas como consequência de uma grande incompreensão da própria tecnologia que estava (ainda está) sendo experimentada por parte dos produtores de cinema e dos exibidores. Dessa forma, o maior problema não reside nas já velhas e descredibilitadas propagandas de cinemas 3D, mas sim nas novas empreitadas cinematográficas com essa tecnologia. É visível que muitos produtores de cinema não entenderam ainda a essência e as verdadeiras potências da imagem em três dimensões. Muitos filmes 3D, ainda hoje, são feitos tendo como base a ingênua idéia de que a terceira dimensão da imagem pode proporcionar uma maior interatividade ou impressão de que os personagens ou objetos podem sair da tela, levando o espectador a sentir-se mais dentro daquela realidade fictícia.
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Já a tentativa de provocar essa impressão de transposição da tela (ou parede) pode acabar resultando para o espectador em uma frustrante quebra da quarta parede, o que, consequentemente, destrói a ilusão quando este descobre que objeto nenhum sai da tela, pois claro, tudo aquilo é ficção. Indo na contramão de muitas produções, a recente animação Como Treinar o seu Dragão esquece de tentar impressionar o público com os já clichês de "atirar coisas contra a platéia" e passa a trabalhar com o que realmente importa na imagem tridimensional: o seu terceiro elemento, a profundidade. Dessa forma, assim como no recente e impressionante Avatar, o que está no fundo, a nova dimensão dessa realidade fictícia e as impressões que causam ao espectador ganham maior relevância e são melhor experimentadas.
O cinema 3D não veio pra confundir a realidade fictícia da tela com a nossa de espectador, nem para confundir os espectador com o personagem. O cinema 3D veio pra tornar aquela história fictícia mais verdadeira, pra trabalhar mais ainda a nossa fantasia e imersão. No dia que o cinema se transformar numa espécie de game holográfico aí sim transportar objetos e personagens para fora da tela pode passar a funcionar narrativamente.
3 comentários:
Eu fui ludibriada. Esperava mais das promessas de filmes 3D.
Fui assistir Alice, do Burton, e sai de lá revoltada.
A sala do box não é bem estruturada, o óculos que me deram era velho e me irritava bastante. Se eu tivesse pago uma sala normal teria tido a mesma sensação, ou melhor, pois não ficaria na expectativa do 'grande diferencial' e teria curtido mais a história.
Desde então, nunca mais fui ver um 3D. A diferença é mínina demais preu pagar o dobro do que eu costumo pagar no cinema.
Bjo, Caio.
Juro que ainda não experimentei o pulo da imagem.
Bom retorno ao blog.
bjo,Caio.
Olha, o Cinema 3D do Box não é uma boa referência. A imagem é escura, turva e, enfim, lá não presta muito. Experimentem lá no Cinesystem, atecnologia usada lá é bem melhor e impressiona um pouquinho mais. rs
Abraços, peoples!
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